quinta-feira, 10 de julho de 2014

Resenha: Capitães da Areia

Nome Original do Livro: Capitães da Areia
Autor(a): Jorge Amado
Ano de Lançamento:  1937
Editora: Companhia das Letras
Número de Páginas: 286
Gênero: Ficção-Literatura Brasileira
Avaliação: ⍟⍟⍟⍟⍟

 O livro narra uma história sobre um enorme grupo de crianças abandonadas que vivem do roubo e malandragem. O grupo de meninos que forma os Capitães da Areia se esconde em um armazém abandonado (também conhecido como trapiche) numa das praias da capital baiana. Suas vidas desregrada e marginal é explicada por meio das tragédias familiares relacionadas à condição de miséria em que vivem.

 Alguns dos personagens que compõem o núcleo central da narrativa apresentam algumas características principais: João Grande possui uma força bruta, o Professor é lembrado pelo talento artístico e sabedoria, Sem-Pernas pela amargura existencial e do seu amor pelo ódio em que vive, a opressão sertaneja é representada por Volta-Seca que também é afilhado de Lampião, Gato pela sexualidade precoce e pela "elegância" que tem, o malandro da turma é o Boa-Vida e a tendência à religiosidade se manifesta em Pirulito que quer seguir em carreira religiosa. Todos são liderados por Pedro Bala, o protagonista do romance.
 Poderia dizer que me apaixonei por esse livro, pois ele superou todas as expectativas que eu tinha sobre livros antigos e literatura clássica brasileira. A história mostra não só a realidade antiga da Bahia, mas sim uma realidade atual do mundo todo. O livro estabelece uma analogia entre a aventura vivida pelos personagens e a mensagem política passada ao leitor. Não encontrei nenhuma dificuldade no decorrer da história, as palavras que não conhecidas foram facilmente identificadas, e um dicionário também ajuda muito no momento da leitura. Os personagens são todos queridos, fazendo com que se tenha a vontade de aventurar junto deles, um livro realmente fantástico! E dica: está na lista obrigatória para prestar vestibular.
 Pontos negativos: Nenhum encontrado.

CURIOSIDADE


 Quando o romance foi publicado, em 1937, autoridades baianas queimaram exemplares em praça pública. O episódio dá o tom do clima político da época, com o início da ditadura getulista do Estado Novo a repressão começava a mostrar as suas garras. Acharam-no muito comunista para a época.

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